quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pielonefrite

É amigos, quando eu escolhi o nome deste blog não foi por acaso, foi por que era a minha sina!
Vocês já ouviram falar de pielonefrite? Não? Nem eu. Sim? Que bom pra você!
Há muitas semanas eu estive com uma ardência ao urinar enorme, e fui deixando, ora por preguiça, ora por não ter grana para ir ao médico, ora por não querer passar horas na madrugada em fila no posto de saúde. E deixei, e deixei, e deixei. Foi me surgindo, além da ardência insuportável, uma dor na lombar no lado esquerdo, uma febre leve, comecei a me preocupar, então fui ao médico (mal do brasileiro ir ao médico só quando a coisa fica feia).
Quando eu fui consultar nessa clínica, fazia apenas dois dias que estava com essa dor na lombar, mas, foi o momento exato, já estava quase passando da hora. No consultório mesmo minha febre já era de 39°C. E aí se encaixa a pielonefrite. Infecção nos rins, que era apenas uma infecção urinária que não foi tratada e deu nisso.
A pior parte não é esta. Isso me acontece na última semana de aula, semana de G2 de matemática, a minha única salvação para a cadeira. É, e eu fiquei pior. No primeiro dia não conseguia baixar a febre para menos de 37,5°C, foi terrível, não dormi, não comi, suava, tremia, pensava que eu estava morrendo. No segundo dia, foi ainda pior, além da febre, o vômito, sim, sei lá eu por que razão, vomitei tudo o que comia, estava fraca, tonta e sempre com febre, além da dor, claro, a dor lombar esquerda que não desaparecia, e a dor de cabeça, que eu mal podia mexer. Esse segundo dia, teve um momento desesperador que foi quando eu estava com 41°C, e já tinha tomado dois banhos e remédio, e a febre não cedia, esse foi o momento que ás 22hs rumei para a emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com a minha mãe, apenas para dar de cara com uma placa que dizia: “ Estamos em reforma, procure outro posto de atendimento”… É, nessa hora eu queria chorar. Não quero nem comentar que um hospital do porte desses FECHAR a emergência foi no mínimo irracional.
Também, veja pelo lado bom, ao voltar para casa, estava sem febre, dormi uma noite inteira, e só fui ter febre novamente na manhã do outro dia. Dia esse que eu estava um pouco melhor, mas com medo de comer e vomitar, então só comi coisas leves, e mínimas. Esse dia tive que levar um trabalho na faculdade, difícil, calor, muito calor. Foi mais difícil a volta, ônibus sem lugar para sentar e quente, muito quente, sem vento, sem ar. Cheguei a ponto de quase desmaiar, perder as forças nas mãos, estava só imaginando a hora que eu cairia, mas nesse momento vagou um lugar e eu consegui me recuperar, não queria nem imaginar como deve ser desmaiar em um ônibus lotado, sem ar…
Após isso, comecei a me recuperar, a febre cedia com mais facilidade, comecei a ter mais energia, pois, nos dois primeiros dias eu não saí da cama, não tinha condições de ficar em pé. A dor de cabeça estava diminuindo, a ardência desapareceu, e eu comecei a comer algumas coisinhas leves, porque naquela altura eu já estava muito fraca por não comer. E fiquei mais uma noite sem febre.
No dia da G2 acordei melhor, mas sem estudar praticamente nada, apenas olhei por cima a matéria, não tinha condições, ainda estava me recuperando, então, meio zonza, meio down… Debilitada mesmo, eu brinco com essa palavra debilitada, mas era essa a definição.
Eu fiquei de atestado esses dias que estive doente, a semana inteira, voltando ao trabalho, aparentemente tudo bem, isso se eles não resolverem me mandar embora por ter colocado atestado em um mês de estágio, mas realmente, seria impossível trabalhar daquela maneira.
Depois de ter passado por sensações tão, mas tão terríveis, eu estou 100%, acabei o tratamento com o antibiótico, já fui novamente ao médico, mas agora decidi que as coisas terão que começar a ser diferentes, e eu terei que cuidar mais da minha saúde, pois tudo isso que eu passei, foi descuido, relaxamento, descaso comigo mesma, e eu não quero experimentar isso novamente. Então, a partir desse dia, cada dor que eu sentir já vou procurar ajuda médica, para não chegar a tal ponto.
E vocês devem estar me perguntando: – “E a matemática, Daiane?”
E eu só responderei: – “Verei ela pela 4° vez em 2013!”
Apenas isso.
(Detalhe que eu não rodei em matemática pelo fato de ter ficado doente, isso não é desculpa, eu passei um semestre inteiro sem estudar, por muita sorte, consegui chegar na G2, e teria sido por muita sorte se eu conseguisse passar na cadeira, e claro, não seria por mérito, seria apenas passar na média. O que ocorreu foi que fiquei doente na última semana de aula, semana essa que eu pretendia estudar tudo o que eu não tinha estudado o semestre inteiro, talvez eu até passasse, mas como eu disse, o mérito não seria grande coisa. Pois bem, rodei, paciência, não posso culpar uma doença de uma semana, sendo que eu tive 3 meses pra ter estudado isso.)

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